Trabalhadores da PT/Meo voltam a concentrar-se junto Conselho de Ministros contra transferências
Organizações representativas dos trabalhadores da PT/Meo voltam a estar na quinta-feira junto da Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, tentando ser recebidos pelo Governo para alertar contra a transferência compulsiva de funcionários para outras empresas.
Organizações representativas dos trabalhadores da PT/Meo voltam a estar na quinta-feira junto da Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, tentando ser recebidos pelo Governo para alertar contra a transferência compulsiva de funcionários para outras empresas.
“As ERCT [Estruturas de Representação Coletiva dos Trabalhadores] da PT (CT da Meo, SINTTAV, STPT, SINDETELCO, SNTCT, TENSIQ, STT, Federação dos Engenheiros, SINQUADROS e SITESE) vão realizar uma concentração de dirigentes e ativistas, amanhã, quinta-feira”, refere o comunicado hoje divulgado.
A iniciativa está marcada para as 12:00, podendo prolongar-se até às 14:30, à porta da Presidência de Conselho de Ministros, em Lisboa, no local onde o Governo vai estar na habitual reunião semanal.
“Nesta jornada de luta vamos tentar, mais uma vez, ser recebidos pelo Governo para falar da situação laboral na PT Portugal, particularmente na Meo”, e entregar ao primeiro-ministro um documento com as preocupações dos trabalhadores da empresa, acrescenta a informação.
Na quinta-feira da semana passada, cerca de quatro dezenas de trabalhadores e sindicalistas da PT/Meo protestaram no mesmo local contra a transferência compulsiva de funcionários para outras empresas e prometeram mais “luta”, quando perceberam que o primeiro-ministro não ia receber os seus representantes.
Uma comitiva das ERCT da PT/Meo, que junta comissão de trabalhadores e uma dezena de sindicatos, entregou na secretaria-geral da Presidência do Conselho de Ministros um documento sobre a situação da operadora de telecomunicações, alertando também para cerca de 1.400 rescisões contratuais em dois anos.
Mais de 2.000 funcionários e ativistas da operadora de telecomunicações adquirida pela multinacional francesa Altice marcharam em 21 de julho, em dia de greve, entre a sede da PT, nas Picoas, e a residência oficial do chefe de Governo, em São Bento, mas foram apenas recebidos por um assessor de António Costa para os assuntos financeiros.
Além dos cerca de 300 trabalhadores que ficaram sem funções, está em causa a mudança de mais de 150 funcionários para empresas do grupo da multinacional de comunicações e conteúdos, que detém a PT Portugal, recorrendo à figura de transmissão de estabelecimento.
O executivo socialista tem defendido a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) para averiguar da legalidade da situação, mas aquela entidade, segundo representantes sindicais que com ela se reuniram, terá reconhecido constrangimentos para atuar em concreto sem que a legislação seja alterada.
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