Ucrânia afirma ter furado linha de defesa russa perto de Bakhmut

O general ucraniano Oleksandr Syrsky afirmou hoje que as tropas ucranianas furaram a linha de defesa russa perto de Bakhmut, no leste da Ucrânia.

Ucrânia afirma ter furado linha de defesa russa perto de Bakhmut

Após a recuperação das aldeias de Andriivka e Klichtchiivka, “a linha de defesa do inimigo foi atravessada”, declarou Syrsky, citado pelo centro de imprensa do Exército da Ucrânia. Essas pequenas localidades “eram um elemento importante da linha de defesa russa, que se estende de Bakhmut a Gorlivka”, explicou.

As 72.ª, 31.ª e 83.ª brigadas russas “foram destruídas e perderam totalmente a capacidade de combater” nas batalhas perto de Bakhmut”, indicou o general. Admitiu, contudo, que “a situação geral na zona leste continua complicada” e que “os intensos combates perto de Balhmut prosseguem”.

Na sequência da perda das duas povoações próximas de Bakhmut, o Exército russo “está a realizar muitos contra-ataques” na esperança de “retomar as posições perdidas” e prepara-se para atacar mais a norte, na zona de Kupiansk e Lyman”, sublinhou Syrsky. A Ucrânia anunciou na sexta-feira a retomada de Andriivka e, no domingo, a de Klichtchiivka, ambas situadas a sul da cidade de Bakhmut.

Com 70.000 habitantes antes da invasão lançada pela Rússia em fevereiro de 2022, Bakhmut foi conquistada em maio passado pelas forças russas, após uma das batalhas mais longas e sangrentas desta guerra.

A Ucrânia lançou em junho uma contraofensiva para recuperar os territórios ocupados pela Rússia, depois de ter recebido armamento e equipamento militar ocidentais e formado novos batalhões. As forças ucranianas começaram quase logo a recuperar terreno nos flancos norte e sul desta cidade.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 18 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.

A invasão – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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