Ucrânia: Fabricante automóvel japonês Toyota suspende operações na Rússia
O fabricante automóvel japonês Toyota anunciou hoje que vai suspender as operações na Rússia “até nova ordem” devido a “interrupções na cadeia de abastecimento” e ao impacto das sanções internacionais devido à invasão russa da Ucrânia.
A Toyota Motor anunciou que a produção na fábrica em São Petersburgo vai ser suspensa. Bem como a importação de veículos “devido a perturbações na cadeia de abastecimento”, a partir de sexta-feira e até novo aviso, de acordo com um comunicado. O fabricante esclareceu que as restantes operações de produção e venda no resto da Europa “não vão ser afetadas”. De acordo com a empresa, a Toyota tem 168 pontos de venda e serviços na Rússia e uma fábrica na cidade de São Petersburgo. Com capacidade para produzir 100 mil veículos por ano. E onde são fabricados os modelos Rav4 e Camry, principalmente para o mercado interno russo.
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O líder automóvel japonês iniciou a produção de veículos na Rússia em 2007, tendo produzido 80 mil veículos no ano passado. No dia em que começou a invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, a Toyota suspendeu todas as atividades no país, onde tem 37 pontos de venda. “A Toyota está a acompanhar os desenvolvimentos na Ucrânia com grande preocupação pela segurança do povo da Ucrânia. Na esperança de que a paz regresse o mais depressa possível”, disse a companhia japonesa. “Como empresa com operações na Ucrânia e na Rússia, a nossa prioridade é enfrentar esta crise para garantir a segurança dos membros da nossa equipa. Do pessoal e dos parceiros da cadeia de abastecimento”, afirmou. Outros fabricantes japoneses do setor estão também a ver as operações para a Rússia afetadas.
“A Toyota está a acompanhar os desenvolvimentos na Ucrânia com grande preocupação”
A Honda Motor antecipou a suspensão do envio de veículos e motos para a Rússia. Uma vez que esta medida devia entrar em vigor a partir de abril deste ano, devido a uma contínua queda nas vendas. A Mazda Motor planeia deixar de exportar componentes para a fábrica no leste russo. Devido a receios de sanções que isolem financeiramente a Rússia, de acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia. Com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados. E pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia. O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho. Afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender. E garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
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