UE/Agricultores: De Croo, Von der Leyen e Rutte reúnem-se com representantes do setor

O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o chefe do Governo dos Países Baixos, Mark Rutte, reuniram-se hoje em Bruxelas com representantes dos agricultores para debater os problemas do setor.

UE/Agricultores: De Croo, Von der Leyen e Rutte reúnem-se com representantes do setor

No dia em que houve protestos de agricultores em vários países da União Europeia (UE), incluindo em Portugal e na Bélgica, os três dirigentes europeus reuniram-se com representantes da Copa Cogeca, a confederação agrícola europeia que representa mais de 22 milhões de agricultores e 22 mil cooperativas.

Na sua conta na rede social X (antigo Twitter), a líder do executivo comunitário referiu que o setor agrícola pode “contar com o apoio europeu”.

“Estamos a enfrentar os desafios de curto prazo e os desafios estruturais” que os agricultores enfrentam, referiu também Ursula von der Leyen.

A Comissão Europeia vai preparar com a presidência semestral belga do Conselho da UE uma proposta para a redução de encargos administrativos dos agricultores, que será debatida pelos ministros da Agricultura dos 27 Estados-membros do bloco europeu no próximo dia 26 de fevereiro.

“Sou muito sensível à mensagem de que os agricultores estão preocupados com os encargos administrativos”, referiu também Von der Leyen, em declarações no final da reunião extraordinária do Conselho Europeu, que hoje decorreu em Bruxelas.

O anúncio da líder do executivo comunitário ocorreu numa altura em que centenas de agricultores, conduzindo tratores pesados, criavam o caos em Bruxelas para exigir da UE o alívio da subida dos preços e da burocracia.

As últimas semanas têm sido marcadas por protestos de milhares de agricultores em França, com bloqueio de muitas estradas no país, para contestar a transição verde e a política agrícola europeia e para reivindicar melhor remuneração para os seus produtos, menos burocracia e proteção contra as importações.

Os protestos alastraram-se a outros países nos últimos dias, incluindo Grécia, Itália, Bélgica, Alemanha, Polónia, Roménia, Espanha e Portugal.

Entretanto, a maioria dos sindicatos agrícolas franceses apelou hoje para a suspensão dos bloqueios de estradas no país.

“O movimento não para, transforma-se”, declarou o presidente da Federação Nacional dos Sindicatos Agrícolas (FNSEA), Arnaud Rousseau, numa conferência de imprensa.

IG (PNG) // SCA

By Impala News / Lusa

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