Advogado apanhado a usar ChatGPT para fazer o seu trabalho
Advogado obrigado a assumir em tribunal que tinha recorrido ao ChatGPT para fazer o seu trabalho depois de apresentar casos que nunca existiram.
Um advogado foi obrigado a admitir o uso do ChatGPT para fazer o seu trabalho. Steven Schwartz recorreu à ferramenta de inteligência artificial durante um processo com um cliente que estava a processar a companhia aérea Avianca. Em causa estavam lesões sofridas depois de um carrinho de serviço ter atingido o joelho do passageiro num voo de El Salvador para os Estados Unidos da América, em 2019.
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O advogado socorreu-se do ChatGPT para aprimorar o seu trabalho de pesquisa e apresentar um documento de 10 páginas ao tribunal federal de Manhattan, em Nova Iorque. Que tinha por objetivo explicar por que o caso do cliente deveria ser levado a sério. Ao longo das páginas foram citados seis casos semelhantes, ocorridos entre 1999 e 2019. Só que nem o juiz nem os advogados da companhia aérea conseguiram encontrar dados relacionados com nenhum dos casos. Kevin Castel, juiz encarregue do caso, disse mesmo estar a lidar com “uma circunstância sem precedentes” ao receber “decisões falsas”, pode ler-se no Daily Star.
Juiz encarregue do caso diz nunca ter visto nada assim
Steven Schwartz acabou por confessar ter recorrido ao ChatGPT para “complementar o próprio trabalho”. Referiu ainda que nunca tinha recorrido à ferramenta. E que não imaginada que esta pudesse fornecer informações falsas. “Revelou não ser de confiança”, diz o advogado em relação à Inteligência Artificial. Ao mesmo tempo que pediu desculpa pelos seus atos.
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Texto: Bruno Seruca
Fotos: Leandro Aguilar/Pixabay
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