Aluno entra em curso de Medicina na Católica por ser familiar de benemérito
Um aluno com 15,81 valores, menos um valor que a nota mais baixa admitida no mestrado integrado em Medicina da Universidade Católica Portuguesa, foi admitido no curso por ser “descendente de benemérito insigne da instituição”.
A nota mais baixa entre os 70 candidatos admitidos no mestrado integrado em Medicina da Universidade Católica Portuguesa situa-se nos 16,89 valores, mas um estudante foi admitido com 15,81 por ser “descendente de benemérito insigne da instituição“. No Twitter, vários utilizadores não esconderam a indignação. “Estamos a falar de médicos escolhidos por causa da linhagem”. A verdade é que as regras de acesso da Católica dão conta de vagas destinadas a filhos de colaboradores permanentes, filhos ou netos de beneméritos insignes da Universidade, portadores de deficiência física ou sensorial, e praticantes desportivos de alto rendimento.
O que diz a Constituição da República Portuguesa?
Entre as críticas, é lembrado que esta benesse viola o princípio da igualdade inscrito na Constituição da República Portuguesa. “Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual”.
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