Apanha doze anos por matar homem que lhe deu abrigo

Tânia Rodrigues já tinha tido relações sexuais com Carlos Guilhermino a troco de dinheiro, para sustentar o vício da cocaína. Naquele dia, os dois envolveram-se numa discussão e, após o homicídio, Tânia fugiu para casa do ex-companheiro.

Apanha doze anos por matar homem que lhe deu abrigo

Tânia Rodrigues alega ter matado Carlos Guilhermino em legítima defesa, quando este a violou, no bairro de lata de Santa Marta do Pinhal, no Seixal. A verdade é que o tribunal não acreditou nesta versão e condenou-a a 12 anos de prisão pelo crime de homicídio simples. Tudo aconteceu em outubro de 2019.

A homicida, toxicodependente de 31 anos, tinha pedido comidadormida ao homem, de 68, mas acabou por lhe dar 30 golpes com uma garrafa partida. Depressa fugiu e esteve a monte durante seis meses, até ter sido apanhada pelas autoridades.

O Tribunal de Almada concluiu que os “30 golpes que a vítima apresentava, 12 dos quais no tronco e sete de defesa” provam o “impulso homicida e intenção de matar” da arguida. Tânia alegara que só se tinha defendido do homem, que a obrigara, com uma faca no pescoço, a fazer sexo. Se resistisse, era golpeada nos braços, disse ainda. O Tribunal considerou esta versão pouco plausível.

Homicida e vítima já tinham tido relações sexuais

Da análise das cicatrizes, só dez meses após o crime, “não foi possível provas que as marcas nos braços eram de defesa, até podiam ter sido autoinfligidas“, disse a presidente do coletivo de juízes. A homicida já tinha tido relações sexuais com o homem a troco de dinheiro, para sustentar o vício da cocaína. Tal como escreve o JN, naquele dia, os dois envolveram-se numa discussão e, após o homicídio, Tânia fugiu para casa do ex-companheiro.

É também por aqui que o Tribunal descredibiliza as alegações de violência da condenada que havia dito ter sido agredida com uma faca, um pau e vários socos. “Esse tipo de ferimentos são tratados no hospital e não em casa”, atirou a juíza.

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