O aspartame, adoçante artificial frequentemente utilizado nos produtos “sem açúcar” (como é o caso de refrigerantes light ou zero e também pastilhas) vai ser incluído na lista de substâncias “potencialmente cancerígenas” da Agência Internacional de Investigação em Cancro da Organização Mundial de Saúde. Algo que irá acontecer já em julho.

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Quem o garante é a agência Reuters, num artigo que conta com citações de duas fontes que estão relacionadas com o processo. A decisão tem por base conclusões de 1.300 estudos de investigação científica. Tendo sido tomada por um grupo de especialistas. A referida lista destaca apenas substâncias que podem ser vistas como de risco. Não sendo especificada a quantidade de consumo desaconselhada. Quem deverá partilhar esse tipo de informação será o comité conjunto de especialistas em comida e aditivos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e da Organização Mundial de Saúde (JECFA). Que também já deixou a garantia de rever a posição em relação ao aspartame em julho.

Consumo de adoçantes com aspartame já tinha sido desaconselhado

A última análise da JEFCA em relação ao consumo de aspartame data de 1981. Nessa altura foi considerado seguro o consumo que estivesse dentro dos seguintes parâmetros. Um adulto com 60 kgs teria de consumir entre 12 a 30 latas de refrigerante sem açúcar diariamente para que a JEFCA entendesse que a saúde estaria em risco. Em maio de 2023, a Organização Mundial de Saúde já tinha alertado que os adoçantes (como é o caso do aspartame) não funcionam de forma eficaz no controlo do peso a longo prazo. Realçando os efeitos secundários do consumo prolongado. Como é o caso do possível aumento de risco de diabetes tipo 2 problemas cardiovasculares. Desaconselhando assim o consumo de adoçantes.

Texto: Bruno Seruca
Fotos: Robbins Flores/Pexels

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