Atitude de Cristiano Ronaldo mostra como fragilidade emocional pode atrapalhar futebolistas
Lincoln Nunes, psicanalista e especialista em performance do futebol, analisa o desequilíbrio emocional no futebol.
Cristiano Ronaldo e Jonathan Calleri tiveram atitudes parecidas após um resultado negativo no final de um jogo. Calleri atirou o telemóvel de um rapaz da base após o clássico contra o Palmeiras. Cristiano Ronaldo teve a mesma atitude partindo o smartphone de uma criança adepta do Everton. No entanto, o que chama a atenção, especificamente no caso do português, é o destempero emocional numa estrela que é referência entre os melhores do mundo. Além disso, o impacto negativo da relação do craque e sua imagem com as causas sociais. Logo após o descontrolo, o português assumiu o erro e comentou sobre a dificuldade de lidar com as emoções em campo.
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O psicanalista, filósofo e especialista em desempenho do futebol, Lincoln Nunes, explica agora a importância da preparação mental para atletas e como ela pode evitar atitudes impensadas como a dos jogadores. “Gerir as emoções é tão importante quanto o treino físico e tático, neste caso de Cristiano Ronaldo foi um acontecimento após o jogo, mas esses destemperos, geralmente, acontecem dentro de campo. Há uma relação comportamental/emocional que pode se traduzir em uma consequência positiva ou negativa na partida”, explica.
Num estudo recém publicado na Revista internacional Cognitionis, o preparador mental que ajuda atletas das principais ligas e da Seleção Brasileira, reafirma que há uma equação entre causa e consequência de atitudes no campo. “A equação desenvolvida tem a seguinte fórmula: I + M + D = R. Ou seja, Indivíduo, meio, desporto e, claro a resposta. Então, se o jogador sabe lidar com o estímulo de forma positiva, consequentemente, a resposta será positiva. A chave está na questão de lidar com um estímulo numa fração de segundos. Tudo isso pode ser aprendido e armazenado através das sessões de aprendizagem mental/comportamental e logo fazer parte da rotina de treinos do atleta”, diz.
Para Lincoln, a atitude de Cristiano Ronaldo ainda gera a repercussão nas instâncias criminais, sobre uma possível agressão ao adepto do Everton. “A lição que permanece é que os jogadores precisam dar atenção à mente e ao comportamento da mesma maneira que cuidam do corpo”, finaliza.
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