Comunidade brasileira em Portugal “em choque” com morte de mulher em perseguição policial
Representantes da comunidade brasileira em Portugal declararam-se hoje “em choque” com a morte de uma mulher durante uma perseguição policial e esperam que as circunstâncias que envolvem o incidente sejam apuradas e que seja “feita justiça”.
Representantes da comunidade brasileira em Portugal declararam-se hoje “em choque” com a morte de uma mulher durante uma perseguição policial e esperam que as circunstâncias que envolvem o incidente sejam apuradas e que seja “feita justiça”.
Numa nota divulgada hoje, os representantes da comunidade brasileira no Conselho de Migrações, órgão consultivo oficial do Estado português e associações de imigrantes ligadas à comunidade brasileira em Portugal, lamentam a morte da brasileira Ivanice Carvalho da Costa, 36 anos, imigrante há 17 anos em Portugal, “uma modesta trabalhadora no aeroporto de Lisboa”.
“Quarenta tiros dirigidos a um veículo que terá fugido de uma operação ‘stop’, tal parece-nos francamente desproporcional ao delito em questão”, afirmam Nilce Costa, conselheira titular no Conselho de Migrações e presidente da Associação Amigos do Brasil no Porto, Carlos Vianna, conselheiro suplente no Conselho de Migrações e Nilzete Oliveira, presidente da Associação Lusofonia Cultura e Cidadania.
Na nota, afirmam que os brasileiros residentes em Portugal colocaram como principal razão para a sua mudança de vida “o fator segurança”, uma vez que “a violência no quotidiano das cidades brasileiras é um fator traumático para a maioria dos cidadãos”.
“Portugal é um dos países mais seguros do mundo e, por isto mesmo, o contexto de violência que envolve este caso causa-nos espanto”, sublinham.
Os representantes da comunidade brasileira esperam que “todas as circunstâncias” sejam “devidamente apuradas” e que seja “feita justiça a uma imigrante trabalhadora que apenas se dirigia ao trabalho”.
Enviam ainda as condolências à família da vítima e colocam-se ainda à “disposição para ajudar no que nos for possível”.
A Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) já abriu um inquérito para apuramento dos factos relacionados com o incidente, do qual resultou a morte desta mulher sequência de uma intervenção policial”.
A PSP também determinou a instauração de um processo de averiguações para apurar as circunstâncias da morte da mulher, baleada acidentalmente.
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