Aparentemente, este será “o site mais perturbador da internet”. Num mundo cada vez mais digital, a privacidade tornou-se mais difícil de preservar. Com o avanço das tecnologias de inteligência artificial (IA), surgiram ferramentas capazes de realizar feitos impressionantes, como o site PimEyes, que promete encontrar todas as fotos de uma pessoa na internet através de uma simples busca por imagem. Impressionante e preocupante.

PimEyes utiliza tecnologia de reconhecimento facial para ‘vasculhar’ a internet em busca de correspondências de rostos. Os utilizadores carregam uma foto e o sistema procura imagens semelhantes. Apesar de não ser infalível, identifica frequentemente com precisão assustadora o rosto da pessoa desejada.

A plataforma foi descrita por Rowan Cheung, especialista em IA, como “o site mais perturbador da internet”. Cheung diz-se “chocado com a velocidade e a precisão” do sistema, categorizando-o como “extremamente assustador”.

The most disturbing AI website on the internet.

Upload a photo of a person, and AI will find ALL of the images of that person across the internet. pic.twitter.com/ac6A1xRxQi

— Rowan Cheung (@rowancheung) February 28, 2023

A empresa afirma ter como objetivo permitir que as pessoas “reivindiquem o direito à imagem e monitorizem a sua presença online”, podendo defender-se de ‘golpistas e ladrões de identidade’ que utilizem as nossas imagens de forma ilegal.

Apesar de estas aplicações serem legítimas, há preocupações crescentes de que ferramentas como a PimEyes possam ser utilizadas para fins maliciosos, incluindo perseguição. A própria empresa reconhece esse risco nos seus termos de serviço, afirmando que “se a unidade de segurança de dados revelar abuso do serviço, como perseguição ou violação dos direitos de privacidade de crianças, a conta será banida permanentemente, sem direito a reembolso”.

A discussão em torno da PimEyes reflete um dilema maior com a IA: oferece ferramentas poderosas para proteção e conveniência, mas abre igualmente portas a novas formas de violação de privacidade e abuso. Os utilizadores “devem ponderar como equilibrar benefícios e riscos desta tecnologia, garantindo que ela não ameace as nossas privacidade e segurança”, alerta Rowan Cheung.

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