Zac Morey, criança britânica de nove anos, quase perdeu a visão depois de contrair ‘olho covid’, alegado efeito colateral do coronavírus. “O olho dele parecia que ia explodir a qualquer momento”, relatou a mãe do rapaz, Angela, ao SWNS sobre a rara complicação. A afetação ocular começou depois de a mulher, que vive em Bristol, na Inglaterra, e de os cinco filhos testaram positivo para covid-19, em 16 de dezembro. Zac teve sintomas semelhantes aos da gripe e esteve de quarentena em casa, ocupando a maior parte do tempo entretido a jogar no computador.

LEIA DEPOIS
Realizados cerca de 154 mil pedidos de agendamento para vacinação de crianças

Apesar do teste negativo no consultório médico em 22 de dezembro, o aluno do quinto ano desenvolveu “dores no olho esquerdo”, que a mãe julgou ser o resultado de “demasiado tempo em frente ao ecrã do computador”. Angel percebeu no entanto que algo mais se passava depois de o inchaço atingir proporções alarmantes nos dias seguintes. “Estava mais inchado do que alguma vez tinha visto, ou sequer imaginado”, acrescentou o pai de Zac. “Não conseguia abrir o olho.”

Primeiros casos de ‘olho covid’ relatados em França há já quase um ano

Angela levou o filho ao hospital na véspera de Natal, quando os médicos lhe diagnosticaram com celulite orbitária, infecção de pele que alguns cientistas relacionaram à covid-19. No entanto, é “indeterminado que o vírus seja coincidência ou fator predisponente para esta apresentação clínica”, de acordo com um estudo sobre casos semelhantes, publicado em abril de 2021. “Os médicos disseram que se tratou de uma reação alérgica ao vírus que afeta as crianças”, disse a mãe, que passou momentos particularmente difíceis quando os médicos lhe comunicaram que a doença poderia causar cegueira se penetrasse bastante no olho.

Na esperança de prevenir o pior, os médicos administraram antibióticos por via intravenosa nos dias seguintes e o tratamento pareceu funcionar, já que um teste ocular subsequente confirmou que a visão de Zac havia sido totalmente restaurada, tendo recebido alta hospitalar em 26 de dezembro. Não é a primeira vez que uma doença ocular é atribuída ao coronavírus. Num estudo de fevereiro de 2020, cientistas franceses documentaram os chamados nódulos nos olhos de pacientes que lutavam contra covid-19 grave. Levantaram nesse momento a hipótese de que essas protuberâncias orbitais foram causadas por inflamação relacionada ao coronavírus. A colocação dos pacientes deitados com a baixo para melhorar a oxigenação pareceu contribuir para atenuar o efeito do ‘olho covid’.

Siga a Impala no Instagram