Empresa de segurança PSG cessa contratos com estabelecimentos noturnos e ataca comunicação social

A empresa de segurança privada PSG anuncia que vai rescindir todos os contratos com estabelecimentos de diversão noturna para «se distanciar de situações semelhantes».

Empresa de segurança PSG cessa contratos com estabelecimentos noturnos e ataca comunicação social

A empresa de segurança privada PSG, empregadora dos vigilantes que agrediram clientes da discoteca lisboeta Urban Beach, anunciou hoje que vai rescindir todos os contratos com estabelecimentos de diversão noturna para «se distanciar de situações semelhantes».

«Por ter plena consciência da gravidade dos factos ocorridos [a 01 de novembro] e por respeito à sua equipa de colaboradores, aos seus clientes, bem como ao público em geral, a administração da PSG, dentro da responsabilidade social que lhe cabe, deliberou que irá cessar todos os contratos referentes a estabelecimentos de diversão noturna, com a finalidade de se distanciar de situações semelhantes, já que, malogradamente, não conseguiu evitar as ocorridas», declarou a empresa em comunicado.

A PSG fez, no entanto, questão de esclarecer que a segurança de estabelecimentos de diversão noturna representa apenas «cerca de 3% do volume de negócio da empresa, sendo que os restantes 97% respeitam a clientes institucionais, públicos e privados, com relações contratuais duradouras», lê-se no comunicado.

A empresa de segurança explicou que se manteve em silêncio nos últimos dias «para permitir que os órgãos de polícia criminal e demais entidades responsáveis possam realizar o seu trabalho, sem qualquer tipo de interferência, colaborando ativamente em tudo o que lhe foi solicitado», mas considerou agora importante informar que, assim que tomou conhecimento das agressões, «instaurou de imediato os necessários processos disciplinares e suspendeu preventivamente os trabalhadores envolvidos no incidente».

Além disso, embora afirmando «entender que é obrigação dos órgãos de comunicação social informar e alertar a comunidade para a gravidade da situação e a necessidade de serem tomadas medidas para impedir este tipo de comportamentos», a empresa repudiou «a constante ligação que tem vindo a ser feita entre os acontecimentos e a atividade desta sociedade».

«A PSG é uma empresa de segurança privada, com dez anos de existência no mercado, devidamente licenciada e certificada, que emprega perto de mil trabalhadores, distribuídos por centenas de postos de trabalho sendo, consequentemente, responsável socialmente pelo seu bem-estar e das suas famílias», frisou.

 

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