Ex-Presidente moçambicano Guebuza diz que paz deve ser prioridade
O antigo Presidente moçambicano Armando Guebuza defendeu hoje que travar a guerra na província de Cabo Delgado, assolada desde 2017 por uma insurgência armada, deve ser uma prioridade.
“A guerra em Cabo Delgado é um motivo de preocupação profunda de todos os moçambicanos (…) sem paz não há desenvolvimento”, declarou Armando Guebuza, momentos após uma reunião, em Maputo, de uma brigada central da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder.
Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.
Para Armando Guebuza, travar este conflito deve ser uma das prioridades do candidato presidencial apoiado pelo partido no poder, Daniel Chapo, caso vença as eleições de 09 de outubro no país.
“Acredito que ele é capaz de navegar mesmo em águas agressivas e, sobretudo, continuar a trabalhar para valorizar aquilo que é a Frelimo”, declarou Armando Guebuza, reiterando que a paz em Cabo Delgado deve ser a prioridade.
“Os membros da Frelimo, sendo moçambicanos, estão preocupados com este problema”, frisou.
O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de maio, à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e militares ruandeses, que também apoiam Moçambique no combate aos rebeldes.
Desde o início de agosto, diferentes fontes no terreno, incluindo a força local, têm relatado confrontos intensos nas matas do posto administrativo de Mucojo (Macomia), envolvendo helicópteros, blindados e homens fortemente armados, com relatos de tiroteios em locais considerados como esconderijos destes grupos.
Moçambique realiza em 09 de outubro as eleições gerais, num escrutínio que inclui eleições presidenciais, legislativas, das assembleias provinciais e de governadores de província.
Além de Chapo, nestas eleições concorrem à Ponta Vermelha (residência oficial do chefe de Estado em Moçambique) Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, Venâncio Mondlane, apoiado pelos extraparlamentares Podemos e Revolução Democrática.
EAC // ANP
By Impala News / Lusa
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