Férias de verão serão «mais caras nos próximos 3 anos» | Saiba porquê
As férias de verão devem ficar mais caras nos próximos três anos devido à covid-19, mas espera-se que os preços regressem a gradualmente a valores normais.
O diretor-gerente da Kuoni, no Reino Unido, Derek Jones, disse à Travel Weekly que embora os hotéis ofereçam preços baixos para incentivar as reservas inicialmente, os preços aumentarão nos próximos anos. «Poderemos ver algumas ofertas realmente boas no mercado até meados do próximo ano, pelo menos.» Contudo, acrescneta o especialista em turismo, «veremos a capacidade turística restringida nos próximos dois ou três anos». O que, «inevitavelmente significará que os preços começarão a subir à medida que a taxa de ocupação volte a subir». Companhias aéreas e operadoras de turismo já estão a oferecer promoções para o próximo ano – a EasyJet, por exemplo, lançou já voos para o verão de 2021 e a LoveHolidays e a On The Beach têm ótimas promoções para o próximo ano.
Custo das ofertas de pacotes no exterior pode vir a duplicar
Outros especialistas em viagens manifestam entretanto preocupação com o custo de futuras férias, temendo a duplicação dos preços agora cobrados. Martyn James, do site de consumo Resolver, diz que «é provável que o custo das ofertas de pacotes no exterior venha a duplicar», acrescentando que os hóspedes também poderão ter de pagar mais por serviços como buffet e outros. O especialista em aviação Matt Purton acrescenta que o preço dos voos pode subir 30% após a estabilização turística após a pandemia. Paul Charles, da consultora de viagens PC Agency, está certo de que os preços das férias subirão, pois «as companhias aéreas terão de ganhar recuperar do prejuízo» atual.
Férias mais baratas, mesmo com voos mais caros
Mas Jones também prevê que os preços voltarão aos níveis pré-pandémicos, com férias mais baratas, ainda que os voos possam vir a ficar mais caros. «Não vejo uma mudança fundamental na posição das férias em termos de valor. Voltaremos a algo semelhante à posição em que estávamos antes. «Chegar ao pode vir a ser mais caro, mas os destinos estarão de novo mais baratos.»
Portugal, o destino favorito dos britânicos
O governo do Reino Unido, de onde vem grande parte dos turistas que nos visitam, ainda desaconselha viagens não essenciais, o que provavelmente não será alterado nos próximos meses. Países como «Portugal e Grécia estão à procura de formas de permitir o regresso dos britânicos para férias em segurança» e «nem todos os operadores turísticos estão a pensar em algo como ‘tirar partido’ da pandemia». Fonte da direção de operações do hotel Ondamar, em Albufeira, garante que «os valores praticados não deverão sofrer qualquer tipo de especulação e manter-se-ão equivalentes aos que sempre foram cobrados». E com a vantagem, acrescenta, de que «houve – e continuará a haver – medidas rigorosíssimas de higienização».
Garantia de segurança
A mesma fonte explica que a unidade reabre «já a 1 de junho» e que é uma das muitas que se adaptou aos novos tempos para «garantir a segurança dos hóspedes». Como exemplo, aponta que «nas zonas públicas foram colocados desinfetantes específicos para que os clientes possam desinfetar as mãos várias vezes ao dia, como forma de prevenção» à covid-19. Também cartões-chave e comandos de TV e A/C entregues aos clientes «são rigorosamente são desinfetados, várias vezes ao dia, dando como exemplo «superfícies e objetos de utilização comum, incluindo balcões, interruptores de luz e elevadores, maçanetas e puxadores».
Aposta na formação e na facilitação do distanciamento social
Os colaboradores desta unidade hoteleira situada em Albufeira, Algarve, «receberam informação e formação específicas para cumprimento do protocolo interno» delineado. Staff e hóspedes «terão de cumprir», para o bem comum, «as diretrizes das autoridades de Saúde competentes, com o uso de máscara e/ou viseira». Tendo em conta a organização do hotel e da propriedade, «o layout dos espaços foi estruturado de forma a garantir o distanciamento social exigido nas áreas comuns», como acontece «na zona onde se encontra a piscina exterior», mas igualmente na «sala de refeições, onde o pequeno-almoço será servido à carta, bem como as restantes refeições».
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