Entrada da Finlândia duplica fronteira da NATO com a Rússia

5 Abr 2023 | 11:37

Finlândia é já membro efetivo da NATO e o alargamento a Leste é tudo o que Putin não queria, mas está a acontecer. Por isso, ameaça com “contra-medidas”.

Entrada da Finlândia duplica fronteira da NATO com a Rússia

A Finlândia aderiu formalmente à NATO nesta terça-feira, quando a Organização do Tratado do Atlântico Norte comemorou o 74.º aniversário, em Bruxelas. Tendo formalmente solicitado a adesão após a invasão da Ucrânia pela Rússia ao lado da Suécia, a Finlândia tornou-se o 31.º membro da aliança militar composta por 29 nações europeias, Canadá e Estados Unidos da América. A adesão da Finlândia duplica praticamente a fronteira da NATO com a Rússia, que ameaçou tomar “contra-medidas” e descreveu a adesão como uma “invasão na segurança e nos interesses nacionais da Rússia”.

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Mesmo antes do início da guerra, o presidente russo, Vladimir Putin, levantou repetidamente o tema da NATO, a aliança militar europeia-norte-americana, em ligação com a Ucrânia. O país é atualmente uma das três nações com aspiração declarada de aderir ao tratado, tendo solicitado oficialmente a adesão acelerada em setembro de 2022.

Entrada da Finlândia para a NATO é o oposto do que Putin queria

A expansão da NATO para o leste tem sido uma pedra no sapato de Putin há muito. “Qualquer outro movimento da Aliança para o leste é inaceitável”, disse em dezembro de 2021, dois meses antes do início da invasão da Ucrânia. “Putin queria menos NATO ao longo das suas fronteiras”, disse o secretário-geral da da Organização, Jens Stoltenberg, em comunicado, antes das comemorações de ontem. “Está a conseguir exatamente o oposto. Está a conseguir mais tropas, mais prontidão, mais forças, terra, mar e ar na parte oriental da Aliança. E está a conseguir mais membros.”

A política declarada de portas abertas da NATO, incluída no tratado fundador, torna geralmente a adesão uma opção para as nações soberanas europeias. A organização que começou em 1949 entre 12 nações atraiu desde então novos membros, especialmente nas últimas duas décadas, da Europa Oriental e dos Balcãs.