Guterres condena ataque no Mali em que morreram três ‘capacetes azuis’
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou na quinta-feira o ataque no Mali em que morreram três ‘capacetes azuis’ e outros dois ficaram feridos, todos naturais do Chade.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou na quinta-feira o ataque no Mali em que morreram três ‘capacetes azuis’ e outros dois ficaram feridos, todos naturais do Chade.
Guterres deu os seus “sentidos pêsames” ao governo do Chade e expressou “profundas condolências” às famílias das vítimas, desejando uma rápida recuperação dos feridos, segundo um comunicado.
“O secretário-geral reitera que os ataques dirigidos às forças de paz das Nações Unidas podem constituir crimes de guerra sob o direito internacional e exige que os perpetradores do ataque sejam levados à justiça”, acrescenta o documento.
António Guterres apelou também às autoridades do Mali e aos grupos armados que implementem o acordo que foi celebrado em 2015, assegurando que os ataques “não vão afetar a determinação da ONU em apoiar o povo do Mali na procura pela paz”.
Três ‘capacetes azuis’ morreram e dois ficaram feridos na quinta-feira, no Mali, quando o veículo onde circulavam foi atingido por uma “mina ou engenho explosivo improvisado” no norte do país, disse a Missão das Nações Unidas no Mali — Minusma.
De acordo com a missão da ONU, o veículo “escoltava um comboio logístico” no eixo Tessalit-Aguelhok, no norte de Kidal, no Mali, quando foi atingido pelo engenho.
Destacada desde 2013, a Minusma é a missão de manutenção de paz da ONU que já registou mais baixas desde a Somália (1993-1995), com mais de 80 ‘capacetes azuis’ mortos.
Entre março e abril de 2012, o norte do Mali caiu nas mãos de grupos extremistas com ligações à rede terrorista Al-Qaida. A progressão no terreno destes grupos extremistas tem sido travada por uma operação militar internacional que foi lançada em janeiro de 2013, por iniciativa de França, e que ainda permanece no terreno.
No entanto, existem áreas inteiras do país que ainda estão fora do alcance das forças do Mali, das tropas francesas e da Minusma (um contingente que ronda os 12 mil operacionais), que são regularmente alvo de ataques.
Portugal foi um dos países que destacou forças para integrar esta missão internacional militar no Mali, contando atualmente com dois elementos ao serviço das Nações Unidas.
A par desta missão, Portugal tem 10 militares no Mali ao serviço de uma força destacada pela União Europeia.
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