A história do desgosto amoroso que fez Francisco querer ser Papa
Paixão não correspondida levou Jorge Berboglio a fazer promessa. Conheça a história do desgosto amoroso que fez Francisco querer ser Papa.
A vocação católica de Jorge Bergoglio, de 80 anos, surgiu já na idade adulta. Foi aos 22 anos que o Papa entrou no seminário jesuíta de Buenos Aires, na Argentina. Doze anos depois era ordenado padre, num percurso sempre em crescendo. Em 1980, quando tinha 37 anos, já era reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de São Miguel, onde tinha estudado. Esta função foi desempenhada durante seis anos. Seguiu-se um período de novos estudos, durante o qual se doutorou, na Alemanha. Em 1992, aos 56 anos, é nomeado bispo auxiliar de Buenos Aires. Cinco anos depois foi nomeado arcebispo coauditor de Buenos Aires e em 1998 subiu a arcebispo da capital argentina. Em 2001 chega a cardeal, chegando ainda a presidente da Conferência Episcopal do seu país, cargo que ocupa entre de 2005 até 2011. No dia 13 de Março de 2013 é eleito papa após cinco votações, no quinto dia do conclave. Tudo isto foi motivado por uma história de amor sem final feliz. Conheça a história do desgosto amoroso que fez Francisco querer ser Papa
Vida pessoal de Francisco
Jorge Bergoglio nasceu a 17 de Dezembro de 1936, em Buenos Aires. Filho de um casal de italianos, ele um ferroviário e ela uma doméstica, tem quatro irmãos e duas irmãs. Em criança ficou sem um pulmão, devido a uma doença. Porém, isto não o impediu de jogar futebol, uma das suas grandes paixões. A carreira de futebolista acabou por não ser uma realidade mas o encanto pelo desporto rei mantém-se. Francisco é sócio do San Lorenzo de Almagro, um clube argentino. Antes de iniciar a vida religiosa, frequentou um curso de engenheiro químico por via da escola técnica. À parte de tudo isto, Jorge Bergoglio tem a humildade, modéstia e simplicidade como estilo de vida. Enquanto arcebispo de Buenos Aires recusou habitar na mansão a que tinha direito. Recusou também o motorista preferindo deslocar-se de transportes públicos, dando preferência ao metro e autocarro.
Na cozinha, Francisco também dispensa auxílio optando por confecionar as suas próprias refeições. Quanto ao estilo de vida, gosta de acordar às 4h30 da madrugada sendo que recolhe às 21h00. Jorge Bergoglio é considerado um conservador moderado tendo demonstrado uma forte oposição à legalização do casamento homossexual na Argentina. Contudo, revela abertura no batismo de crianças filhas de pais não casados. Uma das suas imagens de marca é a luta contra a pobreza. Por exemplo, quando foi nomeado cardeal convenceu centenas de argentinos a não viajarem para Roma, pedindo-lhes que doassem o dinheiro da viagem aos mais carenciados.
A namorada com quem queria casar
A“Se não me caso contigo, vou para padre”, foram as palavras de Francisco à sua ex-namorada, Amalia, quando tinham apenas 12 anos. Mais de seis décadas depois deste momento, Amalia recordou o sucedido, referindo-se ao mesmo como uma “maravilha.” Além disso, não poupou nos elogios ao ex-namorado. “Sempre foi uma pessoa que, mesmo em criança, era grande, maduro”, explicou à agência noticiosa EFE. Na altura, o namoro não avançou por oposição dos pais da jovem, que recorda um episódio especial. “Um dia escreveu-me uma cartinha, onde tinha desenhado uma casinha de teto vermelho e paredes brancas e escrito: Esta casinha é a que vou comprar para ti quando nos casarmos”, recorda. A missiva não foi vista com bons olhos pela família de Amalia que fizeram os possíveis para afastar o casal. Amalia lamenta ainda o facto de Jorge Bergoglio não ter oficializado a sua atual relação na paróquia do bairro onde cresceram.
“Se não me caso contigo, vou para padre”
Em 2005, Jorge Bergoglio foi o maior concorrente de Bento XVI na eleição do chefe maior da Igreja Católica. Na altura, Francisco pediu, entre lágrimas, aos seus apoiantes para votarem em Joseph Ratzinger. Diz-se que lhe faltou coragem. Jorge Bergoglio entrou para a história. Francisco, é o primeiro Papa jesuíta. É também o primeiro sul-americano a ocupar a cadeira de Pedro. O facto de ter colocado fim a uma tradição secular onde eram eleitos Papas europeus é argumento por si só suficiente para que seja visto como o Papa da mudança. Além disso, ter usado o humor no seu primeiro discurso foi algo que cativou milhões de pessoas em todo o mundo. “Parece que os meus irmãos cardeais foram quase até ao fim do mundo para me buscar. Mas aqui estamos”, gracejou.
As primeira horas enquanto sumo pontífice revelaram aquilo que se esperava de Jorge Bergoglio. O Papa dispensou o motorista oficial preferindo deslocar-se de autocarro entre a capela Sistina e a Casa de Santa Marta, onde os cardeais estavam hospedados para o conclave. Além disso, fez questão de pagar o alojamento. Num jantar com os restantes cardeais voltou a revelar o seu bom-humor. “Que Deus os perdoem”, disse aludindo ao facto de ter sido eleito antes do brinde feito com champanhe. Os restantes cardeais têm destacado o seu lado afável, comunicativo e cuidadoso. “É um homem simples e modesto”, referiu o arcebispo Raymundo Damasceno.
Texto: Bruno Seruca | WIN
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