Mário Silva descobriu que tinha sido dado como morto pelo SNS quando o médico de família lhe tentou prescrever uma receita e o sistema não permitiu, apresentado o homem como “utente falecido”.

“Sou diabético, tenho problemas de tensão arterial e preciso de medicamentos para estabilizar a minha patologia, mas, como estou morto, o médico não consegue passar a receita”, afirmou o homem ao Correio da Manhã. Mário Silva, de 68 anos, dirigiu-se ao centro de saúde da sua área de residência para tentar perceber o que se passava e quem o tinha dado como morto.

Após ser feita uma consulta na base de dados, foi verificado que a ficha de Mário Silva estava bloqueada. Além de precisar de medicação, o homem tem uma consulta e se o médico achar necessário prescrever algum exame não sabe como irá fazê-lo uma vez que não tem acesso à ficha.

Mário Silva receia que o engano tenha consequências ainda mais graves. “Posso estar já sem cartão de cidadão, sem carta de condução. A minha pensão, que é o meu modo de sobrevivência, pode estar também em causa”, afirmou ao CM. O último dado apresentado na ficha é de 7 de outubro de 2020 e coincide com uma intervenção cirúrgica que o homem fez.

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