Juiz suspende redes sociais de um dos favoritos à Câmara de São Paulo

Um juiz brasileiro suspendeu hoje, como medida cautelar, os perfis das redes sociais do polémico empresário de direita Pablo Marçal, um dos favoritos nas eleições de outubro para a câmara de São Paulo, informaram fontes oficiais.

Juiz suspende redes sociais de um dos favoritos à Câmara de São Paulo

O magistrado da Justiça Eleitoral, Antonio Maria Patiño, afirmou existirem indícios de que o candidato do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) incorreu em abuso de poder económico ao promover a sua imagem através da rentabilização de vídeos na Internet.

Para o juiz, “rentabilizar vídeos é o mesmo que difundir continuamente uma imagem sem respeitar o equilíbrio que se preza nas disputas eleitorais”.

“De forma notável, o poder económico do arguido sustenta e reitera um dano continuado e fá-lo, aparentemente, em total oposição à regra que deve nortear a competência legal”, referiu o magistrado na decisão, que pode ser objeto de recurso.

A decisão decorre de uma ação movida pelo Partido Socialista Brasileiro, que tem como candidata a presidente da câmara de São Paulo a deputada Tabata Amaral.

Depois de conhecer a decisão, Marçal afirmou ser vítima de “uma perseguição movida pelo sistema”, que se uniu contra ele por estar desesperado face à sua crescente popularidade.

Marçal, de 37 anos, apareceu com destaque nas últimas sondagens eleitorais, que o colocam entre os candidatos favoritos a São Paulo.

Segundo as sondagens, Marçal pode empatar tecnicamente com o atual presidente da capital paulista, Ricardo Nunes, e com o deputado de esquerda, Guilherme Boulos, apoiado pelo presidente Lula da Silva.

Marçal autodefine-se como um “servo do povo”, estando contra o aborto e tendo já prometido alargar o horário dos serviços públicos, impulsionar a periferia empobrecida de São Paulo e criar milhões de empregos.

As eleições para a presidência dos 5.568 municípios brasileiros decorrem a 06 de outubro, e, se necessário, no dia 27 para uma eventual segunda volta.

As eleições servirão também como “termómetro” do desempenho do governo de Lula da Silva, ao decorrerem a meio do seu mandato de quatro anos, e da tendência do eleitorado antes das eleições presidenciais de 2026.

SPC // ZO

By Impala News / Lusa

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