Kiev reivindica controlo de 1.000 quilómetros quadrados da Rússia
A Ucrânia reivindicou o controlo de 1.000 quilómetros quadrados na região russa de Kursk, embora uma análise feita hoje pela agência de notícias France-Presse (AFP) refira uma área de 800 quilómetros quadrados.
Na noite de segunda-feira, o Exército ucraniano assegurou que controla 1.000 quilómetros quadrados de território russo na região fronteiriça de Kursk, onde as suas forças ainda estão na ofensiva depois de lançar um ataque surpresa em grande escala em 06 de agosto.
“Continuamos a realizar operações ofensivas na região de Kursk. Atualmente, controlamos cerca de 1.000 quilómetros quadrados do território da Federação Russa”, assegurou o comandante do Exército ucraniano, Oleksandr Syrsky, durante uma reunião com o Presidente Volodymyr Zelensky.
Uma análise feita pela AFP, com base em dados do Instituto Americano para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), revela o controlo de cerca de 800 quilómetros quadrados.
Para comparação, a Rússia avançou 1.360 quilómetros quadrados em território ucraniano desde o início de 2024, e as contraofensivas da Ucrânia no seu próprio território durante o mesmo período representaram apenas 20 quilómetros quadrados, de acordo com uma análise da AFP.
A grande contraofensiva ucraniana falhada no verão de 2023 permitiu a Kiev recapturar até 250 quilómetros quadrados do exército russo nas regiões de Donetsk e Zaporijia.
No entanto, os avanços russos em território ucraniano não abrandaram desde o ataque surpresa de 06 de agosto: o Exército russo conquistou mais 69 quilómetros quadrados desde essa data e 111 quadrados no total desde o início de agosto, que se somam aos 201 quilómetros quadrados conquistados em julho.
No total, desde a invasão de 24 de fevereiro de 2022, a Rússia ocupou 65.891 quadrados de território ucraniano, segundo dados de 12 de agosto.
Com a Crimeia anexada em 2014 e as áreas orientais já sob controlo russo antes desta guerra, 108.070 quilómetros quadrados são ocupados pela Rússia, ou 18% da Ucrânia, de acordo com as suas fronteiras reconhecidas internacionalmente.
Os cálculos da AFP são feitos a partir de ficheiros comunicados diariamente pelo ISW, que se baseia em informações públicas divulgadas pelos dois campos e na análise de imagens de satélite.
RJP // JH
By Impala News / Lusa
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