Mãe de guarda prisional morta a tiro revoltada com adiamento do julgamento

O julgamento estava marcado para esta quinta-feira, mas foi adiado para final do mês de maio.

Mãe de guarda prisional morta a tiro revoltada com adiamento do julgamento

A mãe de Carla Amorim, guarda prisional que morreu a 6 de novembro de 2018, atingida a tiro durante uma formação na carreira de tiro da cadeia de Paços de Ferreira, está revoltada com o adiamento do julgamento. “A minha família já estava preparada para o início do julgamento, que agora foi adiado. Não consigo perceber. O tempo passa e a dor aumenta, é insuportável. Toda esta demora está a matar-me aos poucos”, afirmou Fátima Amorim, em declarações ao Correio da Manhã.

O julgamento estava marcado para esta quinta-feira, mas foi adiado para final do mês de maio, escreve o CM.

“Eu quero justiça. Preciso disso, o meu marido e os meus filhos precisam disso para seguirem em frente. Os nossos dias agora são tristes. As épocas festivas, os aniversários já não são celebrados. Destruíram a minha casa. Acabaram com a nossa vida”, disse à publicação a mãe da guarda.

Jorge Oliveira, de 30 anos, instrutor da formação de tiro, foi o autor do disparo que matou Carla. O homem está acusado de homicídio por negligência grosseira, mas a família da guarda prisional não se conforma nem aceita que tenha sido um acidente. “Uma pessoa que dá formação há tantos anos, que tem experiência, não faz tantas asneiras como aquele senhor. Até eu sei que nunca se aponta uma arma a uma pessoa, muito menos carregar no gatilho”, referiu Fátima.

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