Na Austrália, uma mãe doou o próprio útero à filha infértil para que esta pudesse tornar-se, também ela, mãe, de novo. A história de Kirsty Bryant começa quando uma mulher perdeu o órgão durante uma cirurgia, impossibilitando-a de ter mais filhos. A mãe de Kirsty, Michelle Hayton, de 54 anos, doou porém o próprio ventre para a família pudesse continuar a realizar o desejo de mais crianças.

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Kirsty concebeu Violet, em 2021. No entanto, o útero foi comprometido durante o trabalho de parto. Num método inédito, os médicos realizaram uma operação de histerectomia. Salvariam a pequena Violet, mas deixavam Kirsty infértil. E assim foi. Michelle, porém, não quis permitir que o sonho de Kirsty de ter mais filhos acabasse. Por isso, num ato de amor incondicional, doou o útero à filha. O procedimento ocorreu no dia 10 de janeiro.

Aceitou sacrificar o útero para que a primeira filha nascesse

Kirsty ficou em êxtase com a decisão da mãe e o plano prosseguiu e aceitou ser entrevistada antes da cirurgia, para o 60 minutos do Channel Nine, por considerar que esta seria uma ótima história de esperança para contar a outras mães, e aos próprios filhos, um dia mais tarde. Ao todo, o procedimento para recolher e transplantar o útero durou aproximadamente 16 horas. Os cirurgiões Rebecca Deans e Mats Brannstrom do Royal Hospital for Women, em New South Wales, foram os responsáveis pelo procedimento.

“Foi um dia maravilhoso. Na sala-de-espera viveram-se momentos de ansiedade e a notícia de que tudo correra bem gerou um burburinho incrível. Correu tudo como planeado e Kirsty está bem”, contaram os médicos, sobre aquele primeiro passo, antes de Kirtsy poder engravidar, com o útero da mãe. Agora, mãe e filha recuperam bem. De acordo com a unidade de saúde onde estão internadas, o transplante uterino é um “procedimento comum que pode ser realizado em diversos casos”.

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