Mãe que afogou as duas filhas no Tejo condenada a 25 anos de prisão

A mulher acusada do duplo homicídio das filhas, de 19 meses e 4 anos, na praia da Giribita, em Oeiras, em 2016, foi hoje condenada pelo Tribunal de Cascais a 25 anos de prisão efetiva.

Mãe que afogou as duas filhas no Tejo condenada a 25 anos de prisão

A mulher acusada do duplo homicídio das filhas, de 19 meses e 4 anos, na praia da Giribita, em Oeiras, em 2016, foi hoje condenada pelo Tribunal de Cascais a 25 anos de prisão efetiva.

Na leitura da sentença, o coletivo de três juízas do Tribunal de Cascais considerou que Sónia Lima “entrou com as filhas no mar com o propósito de lhes tirar a vida”.

“A arguida agiu de forma livre, deliberada e conscientemente, com o propósito concretizado de tirar a vida às suas filhas. […] Sabia que era uma conduta punível por lei”, afirmou a presidente do coletivo.

Na noite de 15 de Fevereiro de 2016, Sónia entrou com as duas filhas no mar na praia da Geribita, em Caxias. A condenada sobreviveu e pediu ajuda.

A filha mais nova, com apenas 19 meses, foi tirada da água sem vida nessa mesma noite, pelas equipas de socorro e buscas,após o alerta dado por um taxista que por ali passava. O corpo da menina de quatro anos só foi encontrado sete dias depois.

O pai das crianças,  acusado pela condenada de violência, física e psicológica , foi ouvido em tribunal e descreveu a ex-companheira como “agressiva, desequilibrada e paranóica”.

Especialistas explicam o que pode levar uma mãe a matar filho

Segundo especialistas em psicologia e psiquiatria, a depressão e doenças psicóticas como a esquizofrenia, se não acompanhadas e tratadas, podem levar a fins trágicos.

O psiquiatra brasileiro, Jony Afonso Domingues, afirma que existem várias formas da depressão, sendo que em alguns casos a doença pode manifestar-se com sintomas psicóticos, como alucinações e delírios. A pessoa doente pode ouvir vozes que determinam a sua conduta, podendo levar por exemplo, ao suicídio.

“Tirar a vida deles (dos filhos), na cabeça da paciente, seria uma forma de proteger ou poupá-los do sofrimento”, explica.

A mesma opinião tem a psicóloga Dilma Matos Caetano que afirma que há mães a “matar por amor”.

“Claro que um amor distorcido e doente capaz de matar. No entanto, na cabeça dessas mulheres, a morte foi a única alternativa de livrar o filho de qualquer sofrimento”.

 

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