Menina escravizada sexualmente por violador que lhe vendeu quatro bebés
Vítima contou que durante 13 anos os pais nunca procuraram por ela.
Ana é o nome fictício de uma mulher agora com 44 anos que decidiu a revelar sua história trágica. No livro Escrava em Segredo, conta a “história de sobrevivência” por que passou, depois de 13 anos de pesadelo, de um caso que está a envergonhar a Inglaterra. Viveu mantida em cativeiro e conta agora todas as atrocidades que sofreu nas mãos de um homem asiático e muçulmano. Dezasseis anos depois, Ana vive em liberdade e, aos poucos, vai ganhando coragem para construir uma vida, apesar de ainda lhe faltar a coragem para revelar o nome do homem que a violou enquanto a manteve escravizada sexualmente aqueles 13 anos.
Foi conhecer a família e ficou presa 13 anos
O pesadelo de Ana começou em 1987. Tinha apenas 15 anos quando a avó, que a criava, morreu, já depois de ter sido abandonada pelos pais de Ana abandonaram-na. Foi então que a proximidade e a aparente boa intenção de um taxista acabou por cativar a adolescente. Um dia, o homem convidou-a para tomar chá em casa dele com a desculpa de querer apresentar-lhe a família.
A “primeira violação brutal”
Ana aceitou e logo nessa noite aconteceu a “primeira violação brutal”. O homem violou-a e agrediu-a e já não a deixou sair de casa dele, iniciando-se logo ali a sua degradante condição que haveria de durar 13 anos: fora escravizada e passou a ser constantemente abusada sexualmente pelo captor, com o consentimento de toda a família dele, que vivia na mesma casa.
Abusada frequentemente por familiares e outros homens
A adolescente teria ainda sido abusada por um dos irmãos do violador e ainda por outros homens, num ato puro de prostituição. Em 13 anos de cativeiro, Ana só saiu de casa para ir ao hospital ter os bebés, onde nunca teve coragem para pedir ajuda por receio de que as ameaças sobre ela se concretizassem. Ana revela mesmo que tentou várias vezes o suicídio.
Bebés, dois meninos e duas meninas, foram vendidos após nascerem
Ana conta no livro que se sentiu feliz quando sentiu um bebé na barriga e que, durante esse tempo, o agressor não a maltratava. Porém, assim que ela dava à luz cada um dos filhos, dois meninos e duas meninas, ele acabava por vendê-los. Após o primeiro parto, Ana percebeu que era para isso que ele a queria, tê-la escravizada para vender os bebés.
Fuga para a liberdade
Em 2000, Ana conseguiu finalmente ajuda. No decorrer de uma consulta médica ao domicílio, deixou cair um papel a pedir socorro. A médica percebeu o pedido, ajudou Ana a fugir de casa e a contar a história à Polícia. No entanto, o agressor nunca viria a pagar pelo crime, porque Ana não teve, até hoje, coragem para denunciá-lo.
Os pais de Ana nunca procuraram por ela
Desde então, Ana casou e teve quatro filhos de um namorado de infância. Dezasseis anos depois de o pesadelo terminar, conta agora a sua história, num livro que está a deixar a Inglaterra envergonhada por estas atrocidades terem acontecido no seu país sem que ninguém fizesse algo.
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