A longa e lenta morte do gigante banco Credit Suisse
Com a capitalização de mercado a cair de 45 mil milhões em 2017 para 12 mil milhões no final do ano passado, há muito que o Credit Suisse está em trajetória descendente.
Pouco mais de uma semana após o colapso do Silicon Valley Bank (SVB) a crise bancária atravessou oficialmente o Atlântico. Em um acordo negociado às pressas pelos reguladores, o maior banco da Suíça, o UBS, concordou em comprar seu rival de longa data, o Credit Suisse, por cerca de 3,2 mil milhões de dólares, no domingo.
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O acordo, com preço impressionante de 60 por cento abaixo da capitalização de mercado do Credit Suisse no encerramento do mercado de sexta-feira, marca o fim da instituição de 166 anos e consolida o estatuto do UBS como o maior banco suíço e uma das maiores instituições financeiras da Europa. Embora não esteja diretamente ligado ao colapso do SVB e do Signature Bank, o Credit Suisse acabou por tornar-se vítima da aguda perda de confiança no sistema bancário, que transformou o último relatório anual do banco numa gigantesca bandeira vermelha para clientes e investidores.
Credit Suisse envolvido em escândalos e negócios catrastóficos
No relatório publicado na terça-feira passada, o grupo bancário com sede em Zurique não apenas reconheceu “fraqueza material” nos seus relatórios financeiros, como também assinalou uma perda de 7,9 mil milhões de dólares em 2022 e confirmou saídas substanciais de depósitos e outros ativos que “exacerbaram e podem continuar a exacerbar” os riscos de liquidez. Tendo como pano de fundo a crise bancária nos Estados Unidos da América, não é surpresa que clientes e acionistas tenham ficado igualmente assustados, fazendo com que o preço das ações do banco caísse. No final da semana, caiu mais 25%, depois de ter caído quase 70%, em 2022.
Tendo-se envolvido numa série de escândalos e negócios catastróficos nos últimos anos, o Credit Suisse está em trajetória descendente há algum tempo, vendo a sua capitalização de mercado cair de 45 mil milhões de dólares em 2017 para 12 mil milhões no final do ano passado. A aquisição do banco pelo UBS marca o fim desse desenvolvimento, que o presidente do UBS, Colm Kelleher, considerou ser “um resgate de emergência”.
Statista
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