Mulheres de Mossul proibidas de usarem ‘niqab’ para não serem confundidas com ‘jihadistas’
A polícia iraquiana proibiu as mulheres de Mossul de usarem ‘niqab’, véu que deixa apenas os olhos a descoberto, para evitar que sejam confundidas com elementos do grupo extremista Estado Islâmico durante a ofensiva para libertação da cidade.
A polícia iraquiana proibiu hoje as mulheres de Mossul de usarem ‘niqab’, véu que deixa apenas os olhos a descoberto, para evitar que sejam confundidas com elementos do grupo extremista Estado Islâmico (EI) durante a ofensiva para libertação da cidade.
Esta medida foi tomada por haver ‘jihadistas’ que se infiltram no meio dos civis vestidos com ‘niqab’ e atacam os residentes, disse o comandante da polícia da província de Nínive, cuja capital é Mossul, o general de brigada Wazeq al Hamadani, em declarações à agência EFE.
O general referiu que já foram detidos vários elementos do EI que tentavam passar por postos de controlo vestidos dessa maneira. Wazeq al Hamadani disse também que o EI, durante a ocupação da cidade, a segunda maior do Iraque, forçou as mulheres a usarem ‘niqab’.
Além disso, foi pedido aos moradores que não se desloquem de mota depois das 18:00 e que informem a polícia sobre pessoas suspeitas de pertencerem ao grupo extremista.
Foi ainda decidido que os donos de lojas de telemóveis não poderão vender cartões SIM a quem não tiver documentos oficiais de identificação.
As forças governamentais iraquianas lançaram em outubro uma ofensiva para recuperar Mossul do EI, tendo em janeiro conseguido libertar a zona oriental da cidade, que está dividida ao meio pelo rio Tigre.
O EI perdeu quase toda a cidade e resiste apenas na zona histórica.
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