OMS e ECDC pedem mais esforços na Europa para evitar propagação da Delta

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) pediram hoje reforço das medidas de contenção para evitar ainda maior propagação da variante Delta na Europa, onde já se tornou dominante.

OMS e ECDC pedem mais esforços na Europa para evitar propagação da Delta

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) pediram hoje reforço das medidas de contenção para evitar ainda maior propagação da variante Delta na Europa, onde já se tornou dominante.

“A variante Delta do SARS-CoV-2 está a espalhar-se rapidamente pela Europa e tornou-se agora a estirpe dominante em grande parte da região, de acordo com novos dados”, alertam a OMS e o ECDC num comunicado conjunto hoje divulgado.

Em concreto, os dados comunicados à autoridade mundial e europeia revelam que, entre 28 de junho e 11 de julho, a variante Delta (associada inicialmente à Índia) era dominante em 19 dos 28 países europeus que comunicaram informação de sequenciação genética completa, ultrapassando os 68,3% de proporção e a anteriormente predominante variante Alfa (detetada no Reino Unido).

Antecipando que a estirpe Delta se continue a propagar e a ultrapassar outras variantes em circulação, a OMS e o ECDC instam a avanços na vacinação completa anticovid-19, pedindo nomeadamente a grupos prioritários como idosos, pessoas com doenças crónicas e profissionais de saúde a “protegerem-se, e às pessoas vulneráveis com quem entram em contacto, de doenças graves”.

“Além disso, é fortemente recomendada uma rápida vacinação de todos os grupos elegíveis”, acrescentam estes organismos, numa altura em que quase 54% da população adulta da União Europeia já foi inoculada com duas doses de vacina contra a covid-19, tendo a vacinação completa, enquanto perto de 68% receberam a primeira dose, segundo dados do ECDC.

A OMS e o ECDC defendem também que, “onde a variante Delta está a espalhar-se, será necessária uma implementação intensiva das atuais medidas de saúde pública, incluindo um maior acesso a testes, para controlar a transmissão da covid-19, particularmente enquanto o progresso da vacinação ainda não é suficientemente elevado em muitos países”.

Em grande parte devido à variante Delta, que é mais transmissível do que qualquer outra variante, os casos confirmados de infeção têm vindo a aumentar em toda a Europa todas as semanas nas últimas quatro semanas.

As taxas de notificação têm aumentado em todos os grupos etários, mas mais rapidamente entre os jovens de 15 a 24 anos, no qual se observou um aumento de cinco vezes nos casos notificados durante o último mês.

“Estamos longe de estar fora de perigo em termos do fim da pandemia e, infelizmente, em muitos países da nossa região estamos a assistir a um aumento significativo dos casos associados à propagação da variante Delta altamente transmissível”, afirma o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, citado pelo comunicado.

Reconhecendo os “enormes esforços dos Estados-membros para vacinar as pessoas em toda a região”, o responsável destaca que “milhões de pessoas continuam não vacinadas e, por conseguinte, em risco acabarem no hospital”.

“A boa notícia é que os dados mostram claramente que receber uma série completa de vacinas reduz significativamente o risco de doença grave e de morte. Quando chamados a fazê-lo, as pessoas devem ser vacinadas”, adianta Hans Kluge.

Já a diretora do ECDC, Andrea Ammon, pede aos países europeus que continuem “vigilantes e continuar a usar o bom senso para prevenir a propagação do vírus”.

“Isto significa obter um curso completo de vacinação assim que a oportunidade surja e manter o distanciamento físico, lavar as mãos, evitar aglomerados e usar uma máscara quando necessário”, aconselha.

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