Operação Marquês: Ricardo Salgado garante estar inocente das acusações
O ex-banqueiro Ricardo Salgado garantiu estar inocente dos 21 crimes de que foi acusado pelo Ministério Público, numa declaração lida pelo seu advogado, na qual critica a atuação dos juízes e as violações do segredo de Justiça.
O ex-banqueiro Ricardo Salgado garantiu estar inocente dos 21 crimes de que foi acusado pelo Ministério Público, numa declaração lida hoje pelo seu advogado, na qual critica a atuação dos juízes e as violações do segredo de Justiça.
A declaração foi lida pelo advogado Francisco Proença de Carvalho, ao lado de Ricardo Salgado, e não teve direito a perguntas dos jornalistas, apesar de ter sido anunciada como conferência de imprensa.
“Ricardo Salgado irá, mais tarde ou mais cedo, ser ilibado deste processo”, afirmou o advogado, sublinhando que esta acusação “é totalmente infundada quanto a Ricardo Salgado” e que “não tem factos nem provas contra Ricardo Salgado”.
O advogado não poupou críticas ao comportamento do Ministério Público, ao juiz de instrução criminal Carlos Alexandre e “às sistemáticas violações do segredo de Justiça”, que, segundo referiu, “pretendem condenar Ricardo Salgado na praça pública”.
O advogado lembrou que “só recentemente o nome de Ricardo Salgado apareceu no processo, num caso a que é alheio”, e que isso serviu como “uma espécie de bóia de salvação para um processo que estava a afogar-se”.
Segundo Francisco Proença de Carvalho, o ex-presidente do BES “quando foi inquirido, só foi confrontado com presunções e suposições” e, agora, “quando se conhece a acusação, já a opinião pública foi intoxicada”.
O Ministério Público acusou na quarta-feira 28 arguidos da ‘Operação Marquês’, incluindo Ricardo Salgado e o ex-primeiro-ministro José Sócrates, de quase 200 crimes, entre os quais se contam corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal qualificada.
No caso de Ricardo Salgado, o Departamento Central de Investigação e Ação penal acusou o ex-banqueiro de 21 crimes económicos e financeiros: corrupção ativa de titular de cargo político, corrupção ativa, branqueamento de capitais, abuso de confiança, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada.
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