Pai quer vingança depois de filho morrer após ter comido pizza da Nestlé
Nathan Aiech faria nove anos na passada segunda-feira, dia 19 de setembro.
Nathan Aiech faria nove anos na passada segunda-feira, dia 19 de setembro. Não chegou a comemorar o aniversário porque morreu há sete meses depois de ter sido contaminado pela bactéria E.coli após ter comido uma pizza da marca Buitoni, da Nestlé. O pai de Nathan continua à procura de justiça.
“Hoje é o aniversário do Nathan. Saí do trabalho e fui colocar uma flor no túmulo dele. Digo-lhe que faço tudo para que a Nestlé se encontre cara a cara comigo e me expliquem porquê”, afirmou o pai, Yohan Aiech, em declarações ao canal francês BFMTV. “Não somos considerados pela justiça, não somos considerados pela classe política. Não somos ouvidos. Só o dinheiro consegue fazer as coisas acontecerem”, acrescentou ainda.
“A Nestlé ainda não tem a consciência das suas falhas inadmissíveis”
Foram mais de 55 pessoas as contaminadas pela bactéria depois de terem comido pizzas da Nestlé que era produzidas numa fábrica no norte de França. As famílias das pessoas estão a ser acompanhadas pelo advogado Pierre Debuisson que avançou com um processo de negligência contra a marca que visa obter uma indemnização de 250 milhões de euros.
“São danos à altura desta tragédia humana sem precedentes. A Nestlé ainda não tem a consciência das suas falhas inadmissíveis”, afirmou o advogado. “A Nestlé é um grupo que gera mais de oito mil milhões de faturação por ano, este é um prejuízo que nos parece inteiramente proporcional e que talvez encoraje o grupo a não cometer mais falhas”, continuou em declarações ao mesmo canal francês.
Em maio deste ano, o Ministério Público de Paris abriu uma investigação por homicídio involuntário, lesões involuntárias e colocação no mercado de um produto perigoso para a saúde pública. No entanto, não há ainda quaisquer conclusões.
A Buitoni desmentiu as acusações dizendo que “todas as análises realizadas em todas as pizzas cumprem os critérios de qualidade e segurança alimentar” e podem ser consumidos em total segurança. A fábrica de Caudry, no norte de França, vai regressar ao trabalho em novembro.
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