Polícia está a prender inocentes e a culpa é da Inteligência Artificial
Polícia está a usar software defeituoso que recorre à Inteligência Artificial e o resultado é a detenção de pessoas inocentes.
Existe uma nova polémica associada à Inteligência Artificial. As forças de autoridade dos Estados Unidos da América estão a ser acusadas de recorrer a software de reconhecimento facial defeituoso. O que significa que a Inteligência Artificial está a ajudar a prender pessoas inocentes. Isto acontece na sequência do uso de tecnologia de inteligência artificial biométrica para tentar apanhar mais criminosos.
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Conta a BBC que uma empresa de reconhecimento facial sediada nos Estados Unidos da América dá conta de que os agentes de autoridade norte-americanos já recorreram ao software mais de um milhão de vezes. Sendo algo que fazem sozinhos. Ainda assim, de acordo com um estudo do Pew, perto de metade dos norte-americanos (46%) acredita que o uso de reconhecimento facial por parte das autoridades é algo positivo.
“No dia em que fui preso, não fazia ideia de que era reconhecimento facial. Fui preso sem motivo”
Só que continuam a crescer o número de casos de pessoas presas por engano. Robert Williams passou 30 horas detido em 2020. Simplesmente por ter sido confundido com o ladrão que assaltou uma joalharia. “No dia em que fui preso, não fazia ideia de que era reconhecimento facial. Fui preso sem motivo”, desabafa à Newsweek. Em 2022, Randall Reid também foi detido por engano e acusado de roubos. Os crimes aconteceram no Louisiana, estado no qual Randall nunca tinha estado.
A tecnologia que tem por base a inteligência artificial deveria medir e identificar caraterísticas faciais com recurso a fotos e vídeos. A análise deveria permitir perceber se a pessoa é a mesma. Agora, existem cidades que estão a tomar medidas para que o uso desta tecnologia seja restringido. É o caso de Anchorage, no Alasca.
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Texto: Bruno Seruca
Fotos: Shutterstock
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