Duas irmãs de 18 e 14 anos viveram sempre com os pais, em Lisboa. A família mudava de casa várias vezes. Em algumas habitações, as meninas tinham um quarto para elas, mas noutras não tinham qualquer privacidade. Segundo o Correio da Manhã, em duas das casas onde viveram foram constantemente confrontadas com a intimidade dos pais que se deixava ouvir e ver enquanto mantinha relações sexuais.

Segundo a mesma publicação, o caso chegou a tribunal e a mãe foi condenada a dois anos de prisão, suspensa por três anos, por dois crimes de abuso sexual de crianças. Após um recurso da mulher, a pena foi confirmada pelo Tribunal da Relação de Lisboa. O pai das meninas era arguido, mas acabou por morrer antes da conclusão do processo.

“Ouviram amiúde os pais a manterem relações sexuais nas divisões contíguas, por serem perfeitamente audíveis os ruídos […], em especial pela arguida [mãe] mercê dos gritos e gemidos que emitia”, pode ler-se nos factos. A mais nova “acordava e começava a chorar, pensando que alguém estava a fazer mal à mãe”. Nessas alturas, a irmã mais velha explicou-lhe “que os pais estavam a ter relações sexuais”. Mas tentava distraí-la, partilhando com ela os auscultadores para ouvirem música.

Alguns destes episódios aconteceram quando a menina mais nova ia para juntos dos pais e ficava deitada num colchão ao lado deles, por ter medo de dormir sozinha, quando a irmã não estava.

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