Após meses de colaboração com a Polícia Judiciária (PJ) e os procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP), Rui Pinto cedeu todos os códigos secretos de acesso aos dispositivos informáticos onde está guardada a informação pirateada ao longo de anos. Terá sido esta a razão determinante para a libertação do pirata informático, decidida esta sexta-feira, 7 de agosto, pela juíza titular do processo em que é acusado de tentar extorquir a Doyen Sports.

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Procuradora teme continuidade de atividade criminosa e fuga de Rui Pinto para o estrangeiro

A procuradora do Ministério Público que levará o caso a julgamento, com início em 4 de setembro, mostra-se, porém, contra a colocação de Rui Pinto em liberdade, o que contraria a posição oficial do DCIAP. Justifica a opinião com o facto de a reabertura das fronteiras agravar o perigo de fuga. Também o fim da proibição de acesso à Internet agrava o perigo de atividade criminosa. A juíza Margarida Alves entendeu no entanto que a colaboração do arguido com a Justiça justificava a atenuação das medidas proibitivas de liberdade.

Juíza justifica libertação de Rui Pinto com «contínua e consistente colaboração do arguido»

«Entendemos que a contínua e consistente colaboração do arguido com a Polícia Judiciária, tanto no âmbito dos presentes autos como mais recentemente no âmbito de outras investigações, demonstram a assunção de um sentido crítico relativamente aos factos pelos quais se encontra pronunciado que faz diminuir consideravelmente, em nosso entender, as exigências cautelares que nos presentes autos se vinham impondo», lê-se no despacho, citado pelo JN, neste sábado, 8 de agosto.

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