Sindicatos dos bombeiros reclamam tratamento igual às forças de segurança
Um conjunto de dirigentes sindicais dos bombeiros sapadores portugueses pediu hoje ao Presidente da República apoio para as suas reivindicações, exigindo um tratamento semelhante ao resto das forças de segurança por parte do Governo.
Reunidos junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, para onde a recém-criada plataforma intersindical dos bombeiros sapadores das autarquias locais (PIBSAL) convocou uma pequena manifestação, José Abraão, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública, que integra aquela estrutura, afirmou que o objetivo de hoje é entregar um memorando a Marcelo Rebelo de Sousa, onde constam várias reivindicações, entre as quais a atualização do subsidio de risco, a criação de novos apoios e a atualização das tabelas remuneratórias, que não tiveram aumentos desde 2002.
Esta união de vários sindicatos visa lutar contra “as injustiças que vivem muitos bombeiros e que não têm sido resolvidas ao longo dos anos”. Num momento em que se discutem aumentos dos subsídios de risco para a Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR), os bombeiros “querem ser tratados como as demais forças de seguranças”, acrescentou o dirigente.
José Abraão minimizou o facto de se estar em contexto pré-eleitoral: “Não há governos de gestão ou governos definitivos. Há problemas que têm de ser resolvidos”. Segundo Sérgio Carvalho, do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais, o salário de entrada de um sapador é 1.070 euros brutos, incluindo subsídios, pelo que, “descontados os subsídios, ganham menos do que o salário mínimo”.
José Seita, bombeiro e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, recordou que os baixos salários estão a afastar candidatos às vagas abertas e deu o exemplo de um concurso a decorrer na capital que não deverá ser preenchido.
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