Solução de Trump para prevenir tiroteios nas escolas é dar armas aos professores
Trump segurou ainda um cartão que o deveria relembrar de mostrar simpatia às vítimas e familiares das vítimas
Foi durante um encontro na Casa Branca entre Donald Trump e sobreviventes, professores e familiares das vítimas do ataque na semana passada à escola secundária Marjory Stoneman Douglas, nos arredores de Miami (Florida) que Donald Trump revelou ponderar armar os professores como forma de prevenir tiroteios nas escolas.
O ataque da semana passada vitimou 17 pessoas e veio reavivar o debate sobre as armas de fogo nos EUA. Esta quarta-feira, dia 21, centenas de alunos e professores manifestaram-se nas ruas exigindo restrições à posse de armas.
No encontro que decorreu na Casa Branca, Trump usou Aeron Feis, um treinador de futebol que se colocou entre os alunos e as balas como escudo humano, para reforçar a sua proposta.
«O treinador foi muito corajoso, suspeito que salvou muitas vidas, mas se tivesse uma arma de fogo no cacifo quando se cruzou com o atacante, teria disparado em direcção ao atacante e teria sido o fim daquilo». O Presidente defendeu que a posse de armas por parte dos professores dependeria de um treino especial.
Mas quando Trump pediu, em tempo real, que os presentes na sala votassem, através de mãos no ar, se concordavam ou não com a medida, a sala mostrou-se dividida.
Foram maioritariamente pais de crianças que morreram em ataques que se mostraram contra. «De todas as responsabilidades que os professores já têm, matar pessoas não deveria ser uma delas», disse um pai que perdeu a filha em 2012. «Em vez de os armar com armas de fogo preferia que fossem armados com conhecimentos que permitissem evitar este tipo de episódios, em primeiro lugar», disse uma mãe que perdeu a filha de seis anos no ataque à escola de Sandy Hook.
Trump apresentou mais medidas
Para além de querer armar os professores, Trump disse ainda que após o massacre, vai passar a existir uma verificação «exaustiva» do historial dos compradores de armas, especialmente no que toca à saúde mental.
O tiroteio ocorrido no liceu da Florida foi o 18.º incidente do género numa escola nos Estados Unidos desde 1 de janeiro. Muitos dos tiroteios ocorridos em escolas norte-americanas nunca chegam às primeiras páginas dos jornais nacionais, dada a banalidade com que ocorrem e há em média um tiroteio por semana numa escola, segundo a organização Everytown for Gun Safety, que defende o endurecimento das regras para a posse de armas individuais.
Trump levou cartão para se lembrar de mostrar simpatia
Durante o encontro, Trump segurou na mão um cartão branco, com cabeçalho da Casa Branca, com frases que o deveriam lembrar a mostrar simpatia pelas vítimas e famílias das vítimas. O ponto número cinco é visível e pode ler-se um lembrete ao próprio Trump para que este dissesse aos presentes. «Estou a ouvi-lo». Lia-se ainda: «O que gostavam que eu soubesse sobre a vossa experiência?» e «O que posso fazer para os ajudar a sentir seguros?»
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