Substância presente em champô e verniz das unhas pode causar diabetes tipo 2
Estudo revela que a substância está presente em muitos produtos como sabonetes, champôs e vernizes. E que, para além de poder causar diabetes tipo 2, está associada à redução da fertilidade, bem como de outros distúrbios endócrinos.
A substância ftalatos, encontrada numa variedade de produtos, incluindo sabonetes, champôs e vernizes para as unhas, pode desencadear a diabetes tipo 2, revela um novo estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.
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Identificada enzima que pode explicar como o exercício previne diabetes tipo 2
Investigadores australianos identificaram uma enzima que poderá explicar como o exercício físico melhora a capacidade de resposta à insulina e previne a diabetes de tipo 2, de acordo com um estudo publicado hoje na revista Science Advances (… continue a ler aqui)
A investigação refere que a exposição a ftalatos está ainda associada à redução da fertilidade, além de outros distúrbios endócrinos. Os investigadores chegaram à conclusão de que esta substância química pode contribuir para uma maior incidência de diabetes, principalmente em mulheres, além de aumentar o risco de várias doenças metabólicas.
“É importante abordarmos agora os produtos químicos que são desreguladores endócrinos, pois são prejudiciais à saúde humana”, indicaram.
Para o estudo, foram analisados dados de 1.308 mulheres, durante seis anos. Cerca de 5% desenvolveram diabetes durante esse período. Através da investigação, o grupo concluiu que as mulheres expostas a altos níveis de ftalatos tiveram uma probabilidade 30 a 63% maior de desenvolver a doença. “A nossa pesquisa é um passo na direção certa para entender melhor o efeito dos ftalatos nas doenças metabólicas, mas são necessárias mais investigações”, pode ler-se.
O que é a diabetes e os tipos mais comuns
A diabetes é uma doença crónica e muitas vezes silenciosa. As complicações que provoca, em diferentes órgãos do corpo, são a maior preocupação, podendo reduzir a qualidade e o número de anos de vida. De uma forma simplificada, ter diabetes significa ter açúcar (glucose) em excesso no sangue, o que é designado de hiperglicemia, indica o site do Hospital da Luz.
“O açúcar é necessário para o metabolismo das células. Para que ele seja para aí transportado o pâncreas produz insulina, hormona que vai captar a glicose da corrente sanguínea e levá-la para as células de todo o corpo onde será utilizada como energia. Qualquer pessoa pode sofrer desta doença, no entanto a exposição a fatores de risco (explicados aqui) pode aumentar a probabilidade do seu aparecimento”, é explicado no site dos hospitais CUF.
Diabetes tipo 2
Cerca de 90% dos casos de diabetes são classificados como diabetes tipo 2. Este tipo afeta sobretudo pessoas adultas e idosas, com excesso de peso ou obesidade, sedentárias e com estilos de vida pouco saudáveis, e há frequentemente historial familiar.
Diabetes tipo 1
A diabetes tipo 1 é muito menos frequente e resulta essencialmente da destruição súbita e irreversível das células pancreáticas, geralmente por inflamação autoimune. Estes doentes são geralmente adolescentes ou adultos jovens.
Diabetes gestacional
Nas mulheres grávidas, o novo ambiente hormonal, associado a excesso de peso, sedentarismo e alimentação pouco equilibrada, podem produzir um tipo de diabetes próprio da gestação, chamada diabetes gestacional. Geralmente é controlada apenas com dieta e atividade física, mas pode necessitar de tratamento com insulina. Os principais problemas deste tipo de diabetes, quando não controlada, são complicações fetais e do parto.
Foto de Towfiqu barbhuiya na Unsplash
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