Suécia falha estratégia e imunidade de grupo não é alcançada
Taxa de mortalidade na Suécia por covid-19 é a segunda mais elevada da Europa e apenas 7,3% da população desenvolveu anticorpos ao novo coronavírus.
Suécia recusou o confinamento e tentou, com isso, atingir a imunidade de grupo ao novo coronavírus. O objetivo, porém, falhou. Os alunos até aos 16 anos continuaram a frequentar as escolas, toda a população continuou a frequentar cafés, restaurantes, bares, comércio de rua e centros comerciais, mas os suecos não estão imunizados. Além do mais, tem a sexta taxa de mortalidade mais elevada do Planeta por covid-19, com 32.809 casos de infeção confirmados e 3.925 mortos, à data deste sábado, 23 de maio.
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Com os quase 4 mil óbitos – que representam 389 por cada milhão de habitantes –, a Suécia está atrás da Bélgica, onde todos os casos suspeitos são declarados positivos, mesmo sem teste), com 795 mortos por milhão de habitantes. Os países europeus com taxa de mortalidade mais elevada continuam a ser, porém e acima destes, Espanha (598), Itália (539), Reino Unido (536) e França (432). Portugal, com população semelhante da Suécia, regista 126 óbitos por milhão de habitantes. Per capita, os suecos são os segundos na Europa, com 5,25 mortes por milhão de habitantes, depois de Reino Unido (5,30), Itália (2,89) e França (2,32).
Proteção à Economia falha também redondamente
Os primeiros estudos serológicos são dececionantes, na Suécia, com apenas 7,3% da população de Estocolmo a ser portadora de anticorpos, valor extremamente longínquo do considerado para que a imunidade de grupo seja efetiva: 60 a 80% da população. «É abaixo do esperado», admite Anders Tegnell, epidemiologista responsável pela resposta à pandemia. Espanha, país europeu mais atingido – per capita –, tem 5% da população com anticorpos (isto é: pessoas de contactaram com o coronavírus. Em Portugal, esperam-se ainda resultados. A Suécia, que pretendia também proteger a Economia, também aqui falhou. A queda de 7% do PIB é equivalente à da média europeia.
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