Professores de língua portuguesa no Reino Unido criam associação para defenderem interesses
Professores de português no Reino Unido vão juntar-se este sábado para criar uma associação que represente os seus interesses, mas também promova o encontro, partilha e discussão, afirmou uma das promotoras da iniciativa.
Professores de português no Reino Unido vão juntar-se este sábado para criar uma associação que represente os seus interesses, mas também promova o encontro, partilha e discussão, afirmou uma das promotoras da iniciativa.
“Ao contrário da maioria das outras línguas ensinadas como língua estrangeira no Reino Unido, o português é uma das únicas línguas que não tinha uma associação que representasse o seu estudo e o seu ensino”, vincou Sofia Martinho, leitora do Instituto Camões na Universidade de Leeds.
A Tropo – Associação de Professores e Investigadores de Língua Portuguesa no Reino Unido – pretende reunir professores do ensino superior e não superior de português europeu e de português brasileiro. “Se queremos que o português seja visto como língua global, temos de trabalhar em conjunto”, justificou a docente. Até agora, por falta de uma associação que pudesse representar a voz da língua portuguesa junto de instituições e organizações britânicas, esta fazia-se ouvir através de associações hispânicas, o que nem sempre tem resultados positivos.
Uma conferência no ano passado em Leeds recebeu não só uma boa resposta a esta ideia, como mostrou o desejo de maior interação entre professores, que estão espalhados geograficamente. A Tropo vai ser lançada oficialmente no sábado num seminário em Londres, como comunicações sobre o ensino de línguas estrangeiras como língua de herança para bilingues e como segundo idioma para jovens estudantes.
Uma das primeiras tarefas será tentar perceber quantos professores de língua portuguesa existem no Reino Unido a todos os níveis de ensino.
Ao nível universitário, Sofia Martinho contabilizou 25 universidades britânicas que oferecem licenciaturas em Português como disciplina curricular, o que corresponde a 68 docentes, a maioria dos quais ligados a protocolos com o Instituto Camões.
“Não há números que envolvam todos os níveis de ensino, o que joga contra nós, porque números são ferramenta nas reuniões com instituições ou organizações”, salientou.
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