Separatistas da Ucrânia acusam Kiev de bombardeamentos
Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) registou vários bombardeamentos no leste da Ucrânia, ao longo da linha de contacto entre os separatistas apoiados pela Rússia e as forças ucranianas.
Os separatistas apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia acusaram hoje as forças de Kiev de bombardearem o seu território com morteiros. O governo ucraniano, por sua vez, acusou os rebeldes pró-russo de usar artilharia e bombardearam os militares ucranianos.
Inicialmente a agência Reuters, citando uma fonte diplomática, tinha avançado que observadores da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) tinham registado vários “incidentes de bombardeamentos” entre os rebeldes e as forças do governo no leste da Ucrânia.
Os separatistas afirmam que as forças do governo abriram fogo “quatro vezes nas últimas 24 horas” e que estão a tentar determinar se há mortos ou feridos. O exército da Ucrânia nega as acusações dos separatistas dizendo que foram os rebeldes que bombardearam os militares ucranianos.
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Os Estados Unidos acusaram a Rússia de ter aumentado o contingente militar na fronteira com a Ucrânia em sete mil tropas nos últimos dias, apesar de Moscovo ter anunciado uma retirada parcial das forças aí destacadas. “De facto, confirmámos agora que, nos últimos dias, a Rússia aumentou a sua presença ao longo da fronteira ucraniana em sete mil tropas, algumas das quais chegaram hoje [quarta-feira]”, afirmou um alto responsável da administração norte-americana, sob a condição de não ser identificado, citado pelas agências de notícias Associated Press e France-Presse.
As novas estimativas colocariam o número de forças russas próximo das 150 mil, número citado pelo Presidente dos EUA, Joe Biden, num discurso televisionado no início desta semana. O mesmo responsável disse que, embora a Rússia tivesse dito que queria encontrar uma solução diplomática, “as suas ações indicam o contrário”.
Já o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou também na quarta-feira não ter visto quaisquer sinais de uma diminuição da concentração das tropas russas nas fronteiras da Ucrânia, dizendo que tinha simplesmente observado “pequenas rotações”.
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