Um veículo atropelou hoje uma patrulha antiterrorista causando seis feridos, na localidade francesa de Levallois Perret, nos arredores de Paris, disseram à agência EFE fontes autárquicas.

Segundo a agência espanhola os feridos “não correm risco de vida”.

De acordo com a BFM TV, o suspeito já foi detido pelas autoridades francesas, numa autoestrada, em direcção a Calais (norte). Segundo a mesma fonte, o homem resistiu à detenção, tento sido necessário disparar contra o presumível suspeito. Apesar de ter ficado ferido, o agressor sobreviveu e encontra-se estável. A viatura, onde o mesmo conduzia, também foi apreendida. Numa tentativa de escapar ás autoridades, o suspeito chocou propositadamente com vários veículos.

“O homem interpelado, nascido em 1980, é provavelmente o autor” do atropelamento, “pois estava no veículo procurado e tentou fugir”, revelou uma fonte anónima das forças policiais.

Fontes autárquicas avançam ainda que para além dos militares feridos foram assinaladas entre duas a seis vítimas com ferimentos graves, nomeadamente, civis atropelados.

O atropelamento ocorreu às 8h30 (7h30 em Portugal Continental) perto da Câmara Municipal de Levallois Perret. Patrick Balcany, presidente da autarquia declarou que “se tratou, sem margem de dúvida, de um ataque deliberado” e “um ato odioso”.

A presidente da câmara de Paris, Anne Hidalgo, já manifestou o seu apoio aos seis militares feridos:

“Espero, do fundo o coração, que o agressor seja rapidamente apanhado”, escreveu nas redes sociais.

As autoridades procuram o condutor que escapou no veículo que utilizou para atropelar os polícias.

As patrulhas antiterroristas foram mobilizadas em França após os atentados de Paris, em 2015.

Do incidente na Torre Effiel ao atropelamento nos arredores de Paris

O atropelamento ocorreu quatro dias depois de um incidente na Torre Effiel, em Paris. No passado sábado, 5 de agosto, um jovem de 18 anos tentou entrar no monumento mais famoso francês munido de uma faca enquanto gritava “Alá é Grande”.

O jovem foi imediatamente neutralizado pelas autoridades parisienses. Segundos as forças de segurança, o agressor estava a gozar de uma licença autorizada pelo hospital psiquiátrico, onde se encontrava internado. O jovem foi reencaminhado para a mesma unidade hospitalar logo após o incidente. Apesar da sua condição psicológica, o jovem está a ser investigado, tendo em conta que afirmou estar em contacto com elementos extremistas do Estado Islâmico.

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