Web Summit: o aviso de António Guterres e a gaffe de António Costa
António Guterres discursou na abertura da Web Summit 2017 e António Costa foi traído pelo tradutor automático.
O secretário geral das Nações Unidas foi recebido no Altice Arena com uma ovação. E, bem humorado, António Guterres começou por falar da temporalidade da posição que ocupa atualmente:
«Sou engenheiro e, neste momento, sou secretário geral das Nações Unidas.»
Na mesma linha de raciocínio de Stephen Hawking, Guterres falou para a sua “cidade natal”, realçando que é necessário e importante usar “a inovação para o bem da Humanidade”.
«Nas últimas décadas testemunhámos um impacto enorme da inovação nas nossas sociedades. E o impacto foi necessariamente bom.»
O antigo primeiro-ministro português referiu, depois, os “danos colaterais” que a inovação trouxe ao planeta, “mudanças climáticas e crescimento desigual”.
A escassez de água, o crescimento desregulado das cidades, os desastres naturais foram também referidos por António Guterres como as consequências negativas da inovação.
«Neste momento, oito homens (sim, porque são todos homens), detêm tanto dinheiro como a metade mais pobre da população mundial», relembrou António Guterres.
Perante esta “quarta revolução industrial”, o antigo primeiro-ministro alertou os receosos das transformações tecnológicas.
«é estupido dizer: ‘vamos parar a inovação’. Temos de unir governos, privados, cientistas, a socidade civil, as universidades».
O «porco» de António Costa
O primeiro-ministro português parece estar fadado para mini-crises na Websummit. Se, no ano passado, António Costa, juntamente com Fernando Medina e Paddy Cosgrave, fundador da Summit, não conseguiram ligar a internet na cerimónia de inauguração (uma falha técnica que foi rapidamente resolvida), este ano o primeiro-ministro foi traído, mais uma vez, pelas tecnologias.
Desta feita, enquanto discursava, António Costa mudou do inglês para o português. No ecrã, surgia o tradutor automático que, à medida que Costa ia falando, traduzia simultaneamente para o inglês.
Mas como as máquinas são como os humanos – imperfeitas – lá deve o computador ter percebido mal e traduzido umas das palavras de António Costa para «pork» (carne de porco).
A plateia riu-se, Costa também e o episódio passou.
Fernando Medina oferece astrolábio
Depois de, em 2016, ter recebido as chaves da cidade de Lisboa, Paddy Cosgrave recebeu outro presente das mãos de Fernando Medina: um astrolábio.
Símbolo do cosmopolitismo, abertura e porto seguro que Lisboa foi, é e será, como explicou o presidente da câmara: «Lisboa foi a capital do mundo há cinco séculos, de Lisboa partiu uma grande aventura que uniu a Humanidade»
Texto: Raquel Costa | Fotos: Flickr
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