Dress for Success prepara mulheres para vencerem no mercado de trabalho

A Dress for Success, organização internacional sem fins lucrativos que ajuda mulheres a alcançarem sucesso na vida pessoal e profissional, lançou recentemente o “lab Costura”, serviço idealizado e criado para empresas.

A Dress for Success, organização internacional sem fins lucrativos que ajuda mulheres a tirarem partido da imagem e a prosperarem na vida pessoal e profissional, lançou recentemente o lab Costura, serviço idealizado e criado para empresas, através do  know-how da costureira Margarida Pimpim. «A gestão do tempo é crucial. E ter acesso a serviços que nos facilitem a vida quotidiana é sempre útil», refere a presidente da associação em Lisboa. Teresa Durão sublinha que o objetivo da Dress é «desenvolver campanhas de roupa para mulheres em processo de integração no mercado, trabalhando a autoestima através da imagem».

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Todos os meses, a costureira Margarida Pimpim desloca-se às empresas e presta os mais diversificados serviços, desde pequenos arranjos a transformações de peças, estipulando um dia para recolhas e entregas. As alterações são sempre executadas num período máximo de 72 horas e os preços variam consoante o tipo de arranjo. No entanto, no caso de uma urgência, o trabalho será analisado no momento. «Claro que este serviço tem como objetivo dar a conhecer o projeto», refere Teresa Durão, embora sublinhe que, devido ao número de doações de roupa recebidas, percebeu-se que as mulheres têm «tipos de corpo diferentes» e, com os devidos arranjos, o vestuário pode ter um «ciclo de vida maior». Também Margarida Pimpim afirma que este é um trabalho que lhe dá prazer. Até porque «um casaco de fazenda de há 20 anos tem uma qualidade que hoje não existe».

«A imagem é um pretexto»

O projeto foi lançado em 1997, nos Estados Unidos, por Nancy Lublin, ao aperceber-se de que muitas mulheres eram excluídas das entrevistas pela forma como se vestiam. E porque não há uma segunda oportunidade para causar uma boa primeira impressão esta empreendedora arregaçou as mangas e criou a Dress for Success, que está presente em 140 países. Em Lisboa, a organização arrancou em 2012, tendo já ajudado mais de 3100 mulheres a tirar partido da imagem no mercado de trabalho.  «A imagem é um pretexto», frisa Teresa Durão, presidente da associação desde 2015. Ressalva, contudo, que, numa situação de desemprego, as mulheres continuam a ficar mais vulneráveis, sendo preciso trabalhar a «valorização pessoal e a autoestima». «Esta tem sido a nossa estratégia desde o  início».

Como a Dress trabalha tudo isto? Através de diversos programas

No programa Boutique – que está na génese do projeto –, a imagem das mulheres é trabalhada com o auxílio de consultoras para darem cartas na entrevista de emprego. «As peças de roupa que levam estão enquadradas com a personalidade e a identidade de cada candidata.» No Centro de Carreira aposta-se nas competências. Ou seja, há acompanhamento na elaboração do currículo, na postura ao nível de redes sociais, na apresentação das candidaturas e na procura ativa de trabalho ou na preparação da entrevista, treinando questões que lhes podem ser colocadas (trabalho feito por voluntários da área de recursos humanos). No fundo, como explica a presidente da Dress, é «criar um foco e fazer um plano para que a candidata consiga, de facto, gerir melhor a questão da rejeição».

Existe ainda o Programa de Liderança – Professional Women’s Group, que se centra no empreendedorismo. Ao longo de seis meses, as mulheres – cujas idades vão dos 20 aos 55 anos – são acompanhadas por mentores de diferentes áreas, como coaching, comunicação, redes sociais ou escrita criativa, para melhorarem competências pessoais e profissionais, tendo a hipótese de criar um projeto individual.

Dress For Success já conta com 20 voluntários ativos

A Dress For Success, que já conta com 20 voluntários ativos, também organiza ações com instituições de solidariedade, inclusive com grupos de  reclusas. E porque estamos perto do Natal, a associação realiza nos dias 6 e 7 dezembro o Mercado de Outono/Inverno, com artigos, de 1 a 15 euros que, embora não se enquadrem no contexto profissional, se encontram em perfeito estado de reutilização. Desta forma, estará a apoiar mulheres a «prosperar no trabalho e na vida pessoal, dando-lhes ferramentas e estratégias para o desenvolvimento das suas carreiras».

Texto: Carla S. Rodrigues; Fotos: Nuno Moreira

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